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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Punks e a Cultura Punk

(por Caio Cobaia)

A partir A cultura punk é formada por todos os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência tosca e agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Entre os principais elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação.
do início da década de 1970 o conceito de cultura punk adquiriu novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da gangue ou ramificação/submovimento que ele pertence. O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos —seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e auto-afirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.

Apesar de atualmente o conceito movimento punk ser a interpretação mais popular de cultura punk, nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento. Um grande número de punks definem o termo punk como uma manifestação fundamentalmente cultural e ideologicamente independente, cujo o aspecto revolucionário se baseia na subversão não-coerciva dos costumes do dia-a-dia sem no entanto se apegar à um objetivo preciso ou a um desejo de aceitação por um grupo de pessoas, representando uma postura distinta do caráter politicamente organizado e definido do movimento punk e de seu respectivo interesse na preservação da tradição punk em sua forma original ou considerada adequada.


Esta diferença de postura entre o movimento punk e outros adeptos da cultura é responsável por constantes conflitos e discussões, às vezes violentos, que ocorrem no encontro destes indivíduos em ruas e festivais, ou através de meios de comunicação alternativos como revistas, fanzines e fóruns.


Originalmente o punk surge por volta de 1975 como uma manifestação cultural juvenil semelhante aos da década de 1950 e 1960: um modismo cujo interesse era a afirmação de uma personalidade ou estilo, não envolvendo intencionalmente questões éticas, políticas ou sociais. Era caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento. Esta primeira manifestação punk, o estilo punk rock, surge primeiro nos Estados Unidos com a banda The Ramones por volta de 1975 e é caracterizada por um revivalismo da cultura rock and roll (músicas curtas, simples e dançantes) e do estilo rocker/greaser (jaquetas de couro estilo motoqueiro, camiseta branca, calça jeans, tênis e o culto a juventude, diversão e rebeldia). Enquanto o rock and roll tradicional ainda criava estrelas do rock, que distanciavam o público do músico, o punk rock rompeu este distanciamento trazendo o princípio da música super-simplificada (pouco mais que três acordes, facilmente tocados por qualquer pessoa sem formação mínima musical) e instigando naturalmente outros adolescentes a criarem suas próprias bandas. O punk rock chega à Inglaterra e influencia uma série de jovens pouco menos de um ano depois.


Na Inglaterra o princípio de que "qualquer um pode montar uma banda" e o espírito renovador do punk rock se mesclaram a uma situação de tédio cultural e decadência social, desencadeando o punk propriamente dito. Extremamente empolgado pela apresentação dos Ramones, Mark Perry abandona seu emprego e produz o primeiro fanzine punk, o Sniffin' Glue ("cheirando cola"), com a intenção de promover esta nova agitação cultural. O fanzine foi o símbolo marco para o faça-você-mesmo punk, não tinha quase nenhum recurso financeiro e era marcado pelo estilo visual deliberadamente grosseiro e com senso de humor ácido. Os Sex Pistols, antes uma banda de punk-rock comum, se torna um projeto mais ambicioso com a tutela de Malcom McLaren e a inclusão de um vocalista inventivo e provocador, Johnny Rotten. A banda passa a usar suásticas e outros símbolos nazi-fascistas, além de símbolos comunistas e indumentária sadomasoquista num agressivo deboche dos valores políticos, morais e culturais (influenciados e patrocinados por Malcolm McLaren e Vivienne Westwood, amigos aficcionados pelas idéias Dadaístas e Situacionistas). Além de ridicularizar clássicos do rock and roll, as músicas da banda costumavam demonstrar um profundo pessimismo e niilismo, agredindo diretamente diversos elementos da cultura vigente, sempre em tom sarcástico e agressivo. Logo chamam a atenção de entusiastas que começam a acompanhar os shows produzindo eles próprios de forma caseira estilos de roupas e acessórios, em geral rearranjos de roupas tradicionais como ternos, camisas e vestidos, com itens sadomasoquistas, pregos, pinos, rasgos e retalhos. Essas características —sarcasmo, interesse pelo grosseiro e o ofensivo, valorização do faça-você-mesmo, reutilização de roupas e símbolos de conhecimento geral em um novo contexto bizarro, crítica social, desprezo pelas ideologias, sejam políticas ou morais, e pessimismo— somado ao estilo empolgante e direto do punk-rock definiram a primeira encarnação do que hoje entendemos como cultura punk. A partir de 1977 esta postura punk se tornou um fenômeno impactante na maior parte do mundo e pouco a pouco foi se transformando e ramificando em sub-gêneros.


O primeiro aspecto cultural punk desenvolvido foi o estilo musical. A música punk desde suas origem até os dias de hoje passou por diversas mudanças e sub-divisões, englobando características que vão do pop-rock irônico e politicamente indiferente ao ruidoso discurso político panfletário. Apesar disso, nos diversos estilos de música punk o caráter anti-social e/ou socialmente crítico é bastante recorrente e a ausência destas características é vista por alguns como justificativa para o não-reconhecimento de uma banda como sendo do estilo punk. Estilos muito distintos do punk-rock também são desconsiderados com freqüência.


O estilo punk-rock tradicional caracteriza-se pelo uso de poucos acordes, em geral power chords, solos breves e simples (ou ausência de solos), música de curta duração e letras sarcásticas que podem ser politizadas ou não, em muitos casos uma manifestação de antipatia à cultura vigente. Estas características não devem ser tomadas como uma definição geral de punk-rock pois bandas e variações bem difundidas do gênero apresentam características muitas vezes antagônicas a estas, como por exemplo as músicas longas e complexas do Television, o experimentalismo cacofônico do Crass, a tendência de sociabilização das bandas de hardcore moderno e o discurso sério de algumas bandas politizadas,


As mais difundidas correntes musicais punks são as descendentes do estilo punk rock original, que mantém certas características sonoras em comum com sua origem e que podem ser classificadas como Rock. Destacam-se o hardcore, oi!, grindcore, crustcore e ska-punk. Existem também estilos que não têm como origem direta o punk-rock ou que se transformaram de tal forma que se tornaram notavelmente distintas. Entre eles estão o funk punk, reggae punk, pós-punk, synth-punk e outros. Há ainda outras correntes nitidamente semelhantes ao punk cujo o reconhecimento como parte do estilo não é unânime entre punks, em geral por demonstrarem uma atitude controversa ou não relacionada com o esteriótipo, como o caso da new wave.


O gosto por certas bandas é algumas vezes interpretado como identificação de um indivíduo à um certo grupo, especialmente entre aqueles que defendem o caráter ideológico da cultura punk. Por exemplo, bandas como Histeria , Vírus 27 e Garotos Podres podem ser repudiado por grupos anarquistas pelas relações desses artistas com a cultura skinhead e careca, enquanto estas mesmas bandas podem ser bem aceitas e favoritas entre punks que não sejam anarcopunks. Da mesma forma que os outros elementos culturais, o porte de símbolos de certas bandas comumente associadas a determinados grupos ideológicos muitas vezes desencadeiam a hostilidade e a violência de adeptos de gangues e grupos do movimento punk com ideologia contrária...


A moda é, junto à música, o aspecto cultural mais característico e evidente do punk. O termo moda, no entanto, não é bem aceito pela maioria dos punks e influenciados pela cultura punk pois é entendido estritamente como modismo, aceitação social, comércio e/ou mera aparência. Costuma-se empregar o termo estilo, com o significado de "roupa como afirmação pessoal" (apesar deste também ser um dos significados da palavra moda), ou mais comumente ainda o termo visual, utilizado em quase toda a cultura alternativa brasileira, não somente no meio punk.


O estilo punk pode ser reconhecido pela combinação de alguns elementos considerados típicos (alfinetes, patches, lenços no pescoço ou à mostra no bolso traseiro da calça, calças jeans rasgadas, calças pretas justas, jaquetas de couro com rebites e mensagens inscritas nas costas, coturnos, tênis converse, correntes, corte de cabelo moicano,(colorido ou espetado, etc) ou espetado por inteiro (dos lados, atrás e em cima) e em alguns casos lapis ou sombra no olho, sendo esta combinação aleatória ou de acordo com combinações comuns à certos sub-gêneros punk, ou ainda o reconhecimento pode ser pelo uso de uma aparência que seja desleixada, "artesanalmente" adaptada e que carregue alguma sugestão ou similaridade com o punk sem necessariamente utilizar os itens tradicionais do estilo.


A moda punk, em sua maioria, é deliberadamente contrastante com a moda vigente e por vezes apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos socialmente —no entanto um número considerável de punks e alguns sub-gêneros apresentam uma aparência menos chamativa (por exemplo o estilo tradicional hardcore). Há também indivíduos intimamente ligados a esta cultura que não têm nenhum interesse ou deliberadamente se recusam a desenvolver uma aparência punk, em geral motivados pelas diversas críticas que a moda punk recebeu durante sua história (veja o artigo principal: moda punk).


As variações dos elementos das roupas punk e o surgimento de ramificações de estilo estão associados, na maioria dos casos, ao surgimento de novos sub-gêneros musicais, influências ideológicas e de elementos de outras culturas que em determinados momentos dividiam mesmo espaço com o punk. A idéia popularmente difundida e equivocada de que todos os elementos do esteriótipo punk foram "planejados" cuidadosamente como simbolismo da ideologia libertária/anarquista —por exemplo o coturno, originalmente trazido a cultura punk por influência da cultura skinhead, que é comumente e erroneamente justificado como símbolo de repúdio ao Exército— é com freqüência aceita entre novos punks que acabam desta forma propagando e conseqüentemente agregando pouco-a-pouco um sentido simbólico que não existia anteriormente à moda punk.


Enquanto o estilo punk desligado de um movimento costuma utilizar com liberdade os elementos, combinando peças intuitivamente e utilizando outros itens que não fazem parte do estilo clássico, os membros dos diversos grupos do movimento punk consideram fundamental algumas combinações tradicionais de elementos, uma vez que elas identificam o grupo (e conseqüentemente a ideologia) específico que o indivíduo pertence.


Em diversos países, incluindo o Brasil, a roupa é na maioria das vezes o elemento que desencadeia as brigas de rua entre gangues, membros de grupos divergentes do movimento punk e outros movimentos que repudiam o punk. A combinação arbitrária de elementos costuma não ser bem vista por punks de gangues e sub-grupos do movimento pois é interpretada como uma demonstração de ignorância sobre os costumes, a aparência e as ideologias punk ou fruto de uma tentativa da cultura vigente se apropriar desse estilo. Este desentendimento pode culminar no desprezo, ridicularização ou hostilidade para com o indivíduo ou, nos casos dos grupos violentos, na coerção, furto de peças e agressão.


Desde o seu início, o Punk teve ideias apartidárias e a liberdade para acreditar ou não em um deus ou religião qualquer. Porém, por causa do tempo de existência, seu caráter cosmopolita e amplo, ocorreram distorções de todas as formas, em diversos países, dando ao movimento Punk uma cara parecida mas totalmente particularizada em cada país.


Por se assemelhar em diversos aspéctos com o anarquismo (posteriormente, a principio o movimento punk era apolítico), punks e anarquistas passaram a colaborar entre si e muitas vezes participando das ações.


Passaram então a existir muitos punks que também eram realmente anarquistas, e posteriormente surgiu o anarcopunk, este ganhou um novo rumo com redirecionamento a uma nova militância política, com discursos e ações mais ativas, opondo-se à mídia tradicional, ao Estado, às instituições religiosas e grandes corporações capitalistas.


Como a maior parte dos movimentos populares, o movimento punk tem quase tantas nuances quanto o número de adeptos, mas em geral sustentam valores como anti-machismo, anti-homofobia, anti-nazismo, amor livre, anti-lideranças, liberdade individual, autodidatismo, iconoclastia, e cosmopolismo.


Existem outras vertentes do movimento como o oi! caracterizado pelo relacionamento de punks e skinheads, ou o straight edge que se auto-denominam "livres de drogas" não fazendo uso de nenhuma substância que altere o humor, incluindo o álcool e a nicotina.


A outra vertente, talvez a mais tradicional e/ou original do brasil, são as gangs. Que estiveram presentes desde o começo deste movimento, principalmente em São paulo, onde existem até hoje. São famosas pelo uso da violência e união de seus integrantes, geralmente andam em grupos não tão numerosos mas potêncialmente perigosos, subjugam seus inimigos onde quer que estejam por intimidação ou violência, chegam a ser mais de 10 facções em São paulo, sendo as "principais" só 4 delas, que são originais do começo do movimento e talvez as mais respeitadas e violentas.


Como ja dito em musica do Resto de Nada: "...vivemos na cidade de Saõ paulo, onde a noite é das gangs..."


Alguns punks evitam relações com a mídia tradicional por filosofia, e é bem comum que não seja de conhecimento público o nome de escritores de zines - publicações alternativas, poetas, artistas plásticos, bandas, já que cada componente do seu grupo faz sua própria mídia, através da propaganda, que consiste na publicação de zines, promoção de eventos como palestras, gigs (expressão idiomática inglesa que significa "show" ou "festival", utilizada na cultura alternativa britânica e que foi adotada por alguns punks brasileiros), passeatas, panfletagens e sistemas de boletins-noticiários.


Essa característica do movimento punk acarreta problemas para os seus integrantes que por algum motivo adquirem espaço na grande mídia, como foi o caso do cantor e atualmente apresentador de programa de televisão, o brasileiro João Gordo, vocalista da banda Ratos de Porão e considerado por muitos adeptos do movimento punk brasileiro como traidor.

Lixo

Lixo

Campo De Concentração Moderno

(Por Terror Punk)


'A igualdade social é só em conto de fadas, felicidade é só em sonho, só em mágica. Acredito na palavra ou na metralhadora, revolução verbal ou aterrorizadora. Vamos queimar constituição com coquetel molotov, carro bomba no congresso, tic tac explode, suplicar pro gambé derrubando sua porta não bater na sua mulher não atirar nas suas costas. Até quando comer resto, lavar banheiro abrir o boy no meio na ilusão de dinheiro, ser exterminado como judeu em Aushwitz, mostrar pra Globo o que é viver no limite. A cruz da Atlanta queimando na sua frente, a SS agora veste o cinza da PM, de braço cruzado é só miolo espalhado no chão, discurso ou revólver, tá na hora da revolução. Fizeram da sua rua filial do Vietnã, deram rifles pras crianças estupraram sua irmã, exilaram na favela o cidadão na teoria oprimido, censurado no país da democracia. Te dão crack, fuzil, cachaça no buteco esse é o campo de concentração moderno(...)''

resistencia cultural punk

Você Tem Medo De Que?

(Por Terror Punk)

Você tem medo de quê? Da morte? Da guerra? De desastres? De tragédias?

Direi do que tenho medo....

Temo gerar filhos que terão suas vidas interrompidas à bala antes de completar a maioridade.

Receio de ter de contar com o SUS.

Tenho receio de ser surpreendido pela ROTA durante a madrugada.

Tenho medo de me contaminar com o veneno da mídia viciada.

Tenho pavor do racismo, da ignorância e da prepotência.

Tenho cangaço de ser mais um analfabeto, com menos de 30 anos, que separa os vidros, urina, e outros objetos contundentes usados pelos agentes carcerários no "recheio" da minha marmita, ou ainda, de ficar aidético ao ser mordido pelos cães da CHOQUE na próxima rebelião.

Cago de medo ao lembrar que trabalharei a vida toda e um dia estarei na fila do INSS.

Gélo só de pensar que poderia ser eu o ignorado pelos vidros "fumê" da prepotência nos semáforos das grandes cidades.

Fico apavorado de pensar em quantas crianças ainda passarão a adolescência internos na febem.

Fico aflito ao pensar que algum bandido fardado pode me plantar um flagrante durante uma "dura".

Tenho pavor a mentiras, promessas e discursos inflamados ou de acabar acreditando em tudo isso.

Tremo ao pensar que meu povo pode continuar sendo roubado, pelos mesmos canalhas, por mais 500 anos.

Suo frio de pensar que ainda estamos longe de mudar tudo isso.



Além de tudo isso, o que tenho mais medo neste mundo, é a tal da miséria...

Seja a miséria que nos coloca nestes cenários hostis, ou mesmo da miséria dos privilegiados que só olham pro próprio umbigo.

Tenho muito medo da miséria, mas não tenho medo da pobreza, de pagar altos impostos, nem de ser outro beneficiário do bolsa família.

Mas me incomoda muito, o medo que algumas pessoas tem de reavaliar seus preconceitos, e sua própria ignorância ao julgar os frutos da miséria.

Não citarei nomes, não profetizarei o inevitável resultado das cartas marcadas, e não induzirei ou intimarei (nunca) ninguém a acreditar na minha opinião, nos meus medos ou na minha bandeira.

Deveríamos ter medo do povo massacrado, chutado, cuspido e humilhado. Povo este que, não é de hoje, representa a maioria. Deveríamos ter medo deste povo descobrir a palavra união. Deveríamos ter medo que eles cobrassem o que lhes é de direito...

Furação, terremoto, bomba nuclear, falta de água potável, guerra, peste, armas químicas, maremotos, aquecimento terrestre.... Nada disso é tão assustador quanto a miséria. Ela me assusta porque ela te coloca em um dos dois lados. Como a vítima ou o culpado dela, não há como escapar.

E você? De que lado está?

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boa semana a todos

Campo De Concentração Moderno

(Por Terror Punk)


'A igualdade social é só em conto de fadas, felicidade é só em sonho, só em mágica. Acredito na palavra ou na metralhadora, revolução verbal ou aterrorizadora. Vamos queimar constituição com coquetel molotov, carro bomba no congresso, tic tac explode, suplicar pro gambé derrubando sua porta não bater na sua mulher não atirar nas suas costas. Até quando comer resto, lavar banheiro abrir o boy no meio na ilusão de dinheiro, ser exterminado como judeu em Aushwitz, mostrar pra Globo o que é viver no limite. A cruz da Atlanta queimando na sua frente, a SS agora veste o cinza da PM, de braço cruzado é só miolo espalhado no chão, discurso ou revólver, tá na hora da revolução. Fizeram da sua rua filial do Vietnã, deram rifles pras crianças estupraram sua irmã, exilaram na favela o cidadão na teoria oprimido, censurado no país da democracia. Te dão crack, fuzil, cachaça no buteco esse é o campo de concentração moderno(...)''

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Christiania: A prova de que Anarquia não é Utopia

(Por giovani frares giuvicious)

Christiania: A Lenda da Liberdade No coração gelado do capitalismo europeu, na fria Copenhagen, Dinamarca, uma comunidade de 10 mil pessoas vive num outro compasso. Cristiania não tem prefeito, não tem eleição e funciona sem governo, sem imposição de leis que controlem a organização social. A lenda da cidade-livre da Dinamarca é real: inspirada no Anarquismo, Christiania resiste há mais de 20 anos, inventando um jeito novo de conviver com os problemas da vida comunitária. Limpeza das ruas, rede de esgoto, manutenção dos serviços básicos, tudo é decidido e feito a partir de reuniões entre os moradores da cidade.
Eles se definem como uma comunidade ecologicamente orientada, com uma economia discreta e muita autogestão, sem hierarquia estabelecida e o máximo de liberdade e poder para o indivíduo. Uma verdadeira democracia popular direta, onde o bom senso e o diálogo substituem as leis. No Brasil, poucos conhecem a história da cidade-livre. O TESÃO vai contar, com exclusividade, a lenda da liberdade.

Christiania começou a escrever sua história em 1971. Foi a partir das idéias de um jornal alternativo, o Head Magazine, que um grupo de pessoas, de idades e classes sociais variadas, decidiu ocupar os barracos de uma área militar desativada na periferia de Copenhagen. Era o início de uma luta incansável contra o Estado. A polícia tentou várias vezes expulsar os invasores da área, mas sem sucesso. Christiania virou um problema político, sendo discutida no parlamento dinamarquês. A primeira vitória veio com o reconhecimento da cidade-livre como um "experimento social", em troca do pagamento das contas de luz e água, até então a cargo dos militares, proprietários da área. O Parlamento decidiu que o experimento Christiania continuaria até a conclusão de um concurso público destinado a encontrar usos para a área ocupada.
Em 73 houve troca de governo na Dinamarca e a situação de radicalizou: o plano agora era expulsar todos e fechar o local. O governo decretou que a área seria esvaziada até o dia 1º de abril de 1976. Na última hora, o Parlamento decidiu adiar o fechamento de Christiania. A população da cidade-livre tinha se mobilizado para o confronto com o Estado, mas a guerra não aconteceu. O dia 1º de abril tornou-se o dia de uma grande manifestação da Dinamarca Alternativa. Ao longo dos anos, a cidade-livre aprimorou sua autogestão: casa comunitária de banhos, creche e jardim de infância, coleta e reciclagem de lixo; equipes de ferreiros para fazer aquecedores a lenha de barris velhos, lojas e fábricas comunitárias de bicicletas.

A década de 80 foi marcada pelas drogas. Em 82, o governo começou uma campanha difamatória contra Christiania: a cidade-livre era considerada o centro das drogas do Norte da Europa e a raiz de muitos males. A comunidade teve então que organizar programas de recuperação de drogados e expulsar comerciantes de drogas pesadas, como a heroína. O mercado de haxixe continua funcionando normalmente. O governo dinamarquês nunca deixou Christiania em paz, Vários planos foram elaborados visando a "normalização e legalização" da área.
Em janeiro de 92, finalmente um acordo foi assinado. Christiania já tinha mais de vinte anos de independência e provara ao mundo que é possível viver em liberdade. Mesmo com o acordo, o governo ainda tenta controlar a cidade-livre. A resposta veio no ano passado, com o lançamento do Plano Verde, onde os moradores de Christiania expressam sua visão de futuro e que rumos tomar. A lenda de Christiania continua sendo escrita.



Christiania: uma cidade sem governo
Christiania II: Uma Cidade sem Governo Christiania tem provado ao mundo que é possível viver numa sociedade sem autoridade constituída, sem delegação de poder através de mandatos e eleições. A cidade-livre da Dinamarca criou um experimento social definitivo contra a idéia dominante de que a humanidade se auto-destruirá se não existir um controle sobre a liberdade individual.
Os habitantes de Christiania decidiram correr o risco de andar na contra-mão da história. Para eles, o governo, seja lá qual for, e seus mecanismos de administração pública são sinônimos de burocracia, abuso de poder e corrupção.
Vivendo sem a necessidade de leis que controlem a organização social, cada morador da cidade livre tem que fazer sua parte enquanto cidadão e confiar que todos farão o mesmo. É uma nova ética de convivência, baseada na honestidade e na solidariedade.

Em 23 anos de existência, a cidade-livre sempre esteve associada a rebelião contra a ordem estabelecida e experimentando novos meios de democracia e formas de autogestão da administração pública. Christiania se organiza em vários conselhos, onde todos os moradores têm direito a opinar e discutir os problemas comunitários. As decisões não são feitas por votação, mas sim através do consenso. Isso significa que não é a maioria que decide e sim que todos tem que estar de acordo com as decisões tomadas nas reuniões. Às vezes, contam-se os votos somente para se ter uma idéia mais clara das opiniões, mas essas votações não tem nenhum significado deliberativo, não contam como uma solução para os problemas da comunidade. Christiania é dividida em 12 áreas, cada uma administrada pelos seus moradores, para facilitar o funcionamento dos serviços básicos. As decisões tomadas sempre por consenso podem parecer difíceis para nós, brasileiros acostumados ao poder da maioria sobre a minoria (pelo menos, é assim que se justificam os defensores das eleições).
Mas para os habitantes da cidade-livre, o consenso só é impossível quando existe autoritarismo, quando alguém tenta impor uma opinião sem dar abertura para que outras idéias apareçam e até prevaleçam como melhor solução. A experiência tem ensinado aos moradores de Christiania que cada reunião deve discutir só um assunto, principalmente na Reunião Comum, que decide sobre os problemas mais importantes da comunidade. E, contrariando o pessimismo dos que não conseguem imaginar uma vida sem governo institucional, a utopia está dando certo: a vida comunitária de Christiania preserva a liberdade individual e constrói uma eficiente dinâmica de relacionamento social, livre do autoritarismo e da submissão. A cidade-livre vive o anarquismo aqui e agora.



Ação Direta
Os moradores da Christiania fazem questão de ser uma pedra no sapato do capitalismo. Eles não se contentam apenas em incomodar os valores tradicionais da sociedade européia com a vida alternativa que levam. Christiania também desenvolve várias atividades com o objetivo de contestar o sistema capitalista e divulgar as idéias anarquistas.
Durante os primeiros anos, a cidade-livre se tornou conhecida por suas ações no teatro e na política. E quem conseguiu maior sucesso nessa área foi o grupo Solvognen. Uma de suas ações diretas mais famosas foi em 1973, quando a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma espécie de braço armado dos Estados Unidos na Europa, realizou um encontro de cúpula em Copenhagen. Inspirados no programa de rádio "Guerra dos Mundos" de Orson Welles, que simulou uma invasão de marcianos colocando em pânico a população norte-americana na década de 40, centenas de pessoas, lideradas pelo grupo de teatro de Christiania, fizeram parecer que um exército da OTAN tinha ocupado a Rádio Dinamarca e outros pontos estratégicos da cidade. A impressão que se tinha era que a Dinamarca estava ocupada por forças estrangeiras. Durante várias horas, o país inteiro ficou em dúvida se a invasão era teatro ou realidade. A ação foi uma dura crítica a intervenção dos Estados Unidos na vida dos países europeus.
O Solvognen também usou a critividade para contestar o comércio da maior festa do cristianismo. Em 1974, o grupo organizou o primeiro Natal dos Pobres da Dinamarca. Milhares de presentes foram distribuídos por um batalhão de Papai Noéis. Detalhe: os presentes eram artigos roubados das lojas de Copenhagen. Resultado: foram todos presos, mas o escândalo ganhou as manchetes dos principais jornais da europa, com fotos de dezenas de Papais Noéis sendo carregados pela polícia. Até hoje o Natal dos Pobres continua sendo organizado como uma tradição e todo ano aproximadamente 2 mil pessoas recebem uma grande ceia em Christiania. Vote Nulo


aq vai mais um link sobre a comunidade

http://grito-rbu.blogspot.com/2008/01/um-suspiro-na-europa-capitalista.html
e aq no wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Christiania

 

Carnaval

(Enviada Por Lubby)

http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAC5u8gowu78EpXosMxv0M_71JTlPWGcWrPc-92igd4YbTI3VqsoEBqhp6ONwKDW6oqu-dASVLBcMnTdT0J38sP4Am1T1UFV2yTm_Hgf7K_xd9sG5AQYMQAMM.jpg

A Liberdade Segundo o Anarquismo

(Enviado Por Joelma Smithy)

A luta do anarquismo é a luta pela liberdade, daí multiplicam-se diversos enfoques de luta (ecológica, sindical, gênero, classista, cultural, etc.), mas todas têm como motivo a ruptura com modelos e sistemas, tal como o capitalista e suas nuanças ditatoriais ou democrático liberais, que têm como base a ausência da liberdade e todas as nocivas conseqüências que advém de tal fato. Mas a liberdade, palavra tão repetida e banalizada em nossa sociedade, o que representa no Anarquismo? É importante desvelar por qual liberdade lutamos os anarquistas em oposição ao conceito burguês e consumista de liberdade. A principal diferença é que, de fato, não há liberdade enquanto existir estado, capitalismo e enquanto a sociedade em que se vive não for livre e sua totalidade.

A liberdade na sociedade de consumo como expressão da ideologia burguesa.
É comum o uso da palavra liberdade nos meios de comunicação e na mídia, mas seu valor está perfeitamente encaixado e previsto na cultura de massa. Desde a “liberdade que cabe no bolso”, do cartão de crédito, passando por aquela de poder consumir um produto que está na moda, até o puro e simples consumo como ritual instituído em nossas vidas, o que há é o consenso de liberdade como algo associado unicamente às realizações pessoais provenientes daquilo que o dinheiro pode comprar. Somos educados a associar valores e status a objetos e situações, e que o ato de consumir tais valores materializados ou viver determinadas situações fabricadas seria liberdade. É “livre” aquele que consegue aproximar-se das situações modelo estereotipadas apresentadas de forma massificada pelo sistema, situações representadas por ícones do que seria o indivíduo realizado que alcançou a “liberdade”. “Livre” é aquele que não tem impedimentos no seu ritual de consumo, é a situação econômica que não restringe os “sonhos” a que somos amestrados a desejar.
É fácil observar que tal “liberdade” não passa de fantasia em uma existência entorpecida na sociedade capitalista. O sistema oferece opções, muitas opções, mas a escolha se restringe apenas a esse universo. O mercado determina o que consumir, mas com algumas variações que almejam os variados tipos de gostos, como em uma padronização diversificada. A individualidade não é respeitada, mas o discurso é individualista, personalizado, fazendo acreditar que foi feito para você, que você é diferente, colocando-o em um pedestal, criando-se “feudos culturais” onde pensamos ser “diferentes” mas somos todos padronizados, com os mesmos gostos, consumindo as mesmas coisas, rotulados. Acontece que somos naturalmente diferentes, mas somos educados a incorporar estereótipos, a nos projetar em símbolos, dividindo-nos em vários públicos consumidores. Na verdade nós somos o produto, moldados para consumir dentro de alguns dos vários segmentos de produção industrial.
A realidade em uma sociedade baseada na exploração não é agradável, é rotineira e desanimadora, o contrário ocorre nas fantasias da televisão e cinema, nos sonhos das propagandas, enfim, nos veículos utilizados para o convencimento do consumir, seja diretamente ou induzindo a projeção e identificação com comportamentos e modelos, os quais estão associados a certos produtos orbitais das idéias e valores que tais modelos carregam. Che Guevara é um exemplo, sua imagem e os valores agregados a mesma podem ser usados, e são, direta ou indiretamente na criação de necessidades de consumo de certos produtos agregados a mesma. Se a vida é ruim existe sempre a promessa de um ideal que anestesia e faz suportar o real, um mundo em que podemos ter “liberdade”, em que podemos ser o que não somos.
A “liberdade” do consumo é um embuste porque é a liberdade individual daquele que pode gastar e satisfazer seus desejos, não importando se os outros podem fazer o mesmo. Como tal lógica pressupõe a desigualdade e a exploração para poder existir, então não há nenhuma liberdade havendo apenas a “liberdade” de alguns, pois um sistema de exploração, escravidão, domínio e desigualdade não permite a liberdade, nem de um que seja, mas sim a ilusão de “livre escolha” entre modelos já determinados, modelos esses que nunca vão contrariar, mas sim, devem contribuir para a manutenção e reprodução da ordem excludente.


A liberdade liberal burguesa
A liberdade liberal burguesa também é falsa, e assim como a ilusão de liberdade pelo consumo, faz nos crer que somos livres ao exercermos a chamada cidadania. Nessa lógica, a sociedade seria uma “máquina” cujas engrenagens precisam funcionar bem e ajustadas para o bom andamento da vida. O estado, as suas instituições e seus “especialistas” trabalhando em prol do social, cabendo ao povo apenas trabalhar e saber quando e onde deve opinar, e querem nos fazer crer que é liberdade o direito de aceitar toda essa degeneração. Ser livre é ter o direito de ser uma peça útil para o capital, deixando que a moral, a economia e a justiça sejam regulamentadas pelo estado. Só existimos enquanto cidadãos, produzindo, consumindo e prestando obediência às leis do estado.
“(...)A liberdade política significa que a “polis”, o Estado são livres; a liberdade religiosa, que a religião é livre; a liberdade de consciência, que a consciência é livre e não que eu seja livre do Estado, da religião e da consciência, ou que eu tenha me livrado disso tudo. Não se trata de minha liberdade, mas daquela de uma potência que me domina e me subjuga: um de meus tiranos – o Estado, a religião, a consciência – é livre, um desses tiranos que fazem de mim seu escravo, de tal modo que sua liberdade é minha escravidão.” (Stirner, Max Stirner e o Anarco Individualismo, pg50)
No liberalismo não há o rei ou senhor feudal, então há liberdade? Substituiu-se uma escravidão por outra, a de classe, a escravidão do capital sob as leis e a moral do estado. A liberdade aqui é “limitada pela do outro”, é como uma mercadoria, uma propriedade privada. O estado tem a liberdade de julgar, determinar, e possuir, afastando as decisões da responsabilidade das pessoas, que agora são apenas cidadãos e devem desempenhar seu papel como cidadãos, papel esse em que não cabe a decisão sobre seus destinos.
“Responder-se-á que o Estado, representante da salvação pública ou do interesse comum, só suprime uma parte da liberdade de cada um, para lhe assegurar tudo o resto. Mas este resto, é a segurança, se quiserem, mas nunca será a liberdade. A liberdade é indivisível: não se lhe pode suprimir uma parte sem a destruir por inteiro. Esta pequena parte que suprimem, é a própria essência da minha liberdade, é o todo. Por um motivo natural, necessário e irresistível, toda a minha liberdade se concentra precisamente nessa parte, por pequena que seja, que suprimem.” (Bakunin, Conceito de Liberdade, pg.26)
Na democracia liberal burguesa, baseada na exploração e no lucro, a chamada “limitação da liberdade” é a ausência da mesma. Nascemos nesse sistema, não foi uma escolha, e aquele que o renuncia sofre todos os métodos de repressão, difamação e marginalização pelo estado para que não se torne um exemplo, já que seria muito perigoso para aquele que quer impor uma estrutura e um sistema sobre a sociedade haver elementos contestatórios dos mesmos.


A liberdade segundo o Anarquismo
A liberdade que busca o anarquismo vai de encontro a todas essas alienações e mentiras criadas, impostas, e reproduzidas pelo interesse privado burguês. Vai, mais além, contra toda forma de relação alienada e de domínio entre os seres humanos e contra as criaturas desse planeta, visto que o domínio pode dar-se fora do econômico.
Longe de ser limitante, a liberdade é a condição principal para o desenvolvimento das potencialidades individuais e humanas, o contrário das “castrações” que o sistema nos sujeita, onde temos que nos moldar e deformar dentro de modelos econômicos baseados em princípios discriminatórios, de lucro e ganância. Contra a “liberdade” suicida liberal e de consumo, em que todos na sociedade somos inimigos e competidores em busca de efemeridades materiais, a liberdade Anarquista tem claro que “o homem só se torna homem e só chega à consciência e à realização de sua humanidade em sociedade e somente através da ação coletiva da sociedade inteira.” (Bakunin, textos Anarquistas, pg.46). E que “a liberdade não é, pois, um fato de isolamento, mas de reflexão mútua, não de exclusão, mas de ligação; a liberdade de todo indivíduo é entendida apenas como a reflexão sobre sua humanidade ou sobre seu direito humano na consciência de todos os homens livres, seus irmãos, seus semelhantes.”(idem, pg.47). Disso resulta que não se pode ser livre em uma sociedade de escravos, ser cidadão ou consumista não é ser livre visto que tais condições pressupõe um regime de exploração e desigualdade, e se há desigualdade, há dominação e conseqüentemente supressão da vontade. Aquele que nasce em uma sociedade desigual, vai ser educado para reproduzir e desigualdade e não a liberdade.
O estado diz que somos todos iguais, vivendo numa democracia, mas “diante do soberano supremo, o único digno de comandar, nós todos nos tínhamos tornado iguais, pessoas iguais, isto é, zero. Diante do proprietário supremo, tornamo-nos todos mendigos iguais.” (Stirner, O Anarquismo Individualista, pg.22) Porque “é nisso que consiste o tipo de educação e de cultura que pode me dar o Estado: ele faz de mim um instrumento utilizável, um membro útil da sociedade.” (idem). Conformar-se com o caos social e achar que teremos voz através dos meios ditos “legais” e “democráticos” do estado é a ilusão que o mesmo nos faz acreditar. Ser livre é ter igualdade de voz, ser reconhecido como alguém que tem opiniões e deve participar das decisões que vão interferir em sua vida e em seu meio, garantindo-lhe o que é necessário à vida, sem intermediações ou burocratismos, que têm por objetivo não representar, mas isolar, afastar o povo do poder. Acreditamos na “impossibilidade da liberdade política sem igualdade política. Impossibilidade desta, sem igualdade econômica e social.” (Bakunin, Textos Anarquistas, pg.68).
Lutamos para ouvir e sermos ouvidos, para decidir e ter responsabilidade sobre o que decidimos, para criar e viver seguindo princípios por nós estipulados coletivamente, sem imposição ou dominação sobre outro, sempre conscientes daquilo que fazemos e seus resultados sobre a sociedade. Sem dogmas, leis ou julgamentos baseados em uma moral elitista e mistificada.
“A liberdade é o direito absoluto de todo homem ou mulher maiores de só procurar na própria consciência e na própria razão as sanções para seus atos, de determiná-los apenas por sua própria vontade e de, em conseqüência, serem responsáveis primeiramente perante si mesmos, depois, perante a sociedade da qual fazem parte, com a condição de que consintam livremente dela fazerem parte.” (idem, pg.74).
Enfim, a liberdade pela qual luta o Anarquismo é a revolução, é a ruptura total com tudo aquilo que tem dominado e drenado nossas vidas e que hoje se entende por capitalismo.

(Bakunin,do livro Textos Anarquistas)

Texto

Por Caio (Cobaia)


 By Caio (Cobaia)

Porque No Mc Donalds?

 Por Iasmim ( Be Ultraviolence)
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Catecismo Anarquista


 Enviada Por joelma smithy

- És anarquista?
- Sim, porque sou trabalhador consciente.
- Que é ser trabalhador?
- É viver pelo esforço do seu trabalho.
- Quando se pode dizer que o trabalhador é consciente?
- Quando conhece as causas da sua miséria e as combate.
- Que é trabalho?
- É o esforço para produzir.
- Que é produzir?
- É criar riqueza.
- Que é riqueza?
- É tudo o que pode ser útil ao homem.
- Então o sol é uma riqueza?
- Sim, como o ar, a água, os peixes, etc.
- Mas o sol não é produzido pelo homem.
- Não, por isso se chama riqueza gratuita.
- Há outras riquezas gratuitas?
- Há, o ar, a chuva, os rios, os mares, etc.
- A terra será uma riqueza gratuita?
- Deveria sê-lo, porque é a matéria natural da produção natural da produção das riquezas minerais e orgânicas; mas não o é.
- Porque não o é?
- Porque é possuída por alguns homens em prejuízo da maioria dos homens.
- Isso é justo?
- Não. Isso é a causa da maior parte das desgraças humanas. Que dirias de um indivíduo que pudesse apropriar-se da luz e do calor solar e o fizesse para vendê-los depois aos outros homens? - Que seria um infame!
- Que dirias dos homens que se apropriam de toda a Terra e não permitam que os outros a cultivem?
- Que são infames.
- Que dizes de uma sociedade que mantém esse regime?
- Que é uma sociedade prejudicial ao homem e portanto precisa ser reformada pela extensão do direito de propriedade particular.
- Quem mantém essa propriedade particular?
- O governo, isto é, alguns homens que pretendem dirigir os outros homens.
- Qual é o meio de que lançam mão para tal fim?
- A lei, e para garantir a lei o soldado.
- Que é lei?
- O conjunto de regras impostas pelos reis, conquistadores, capitalistas, etc... às classes trabalhadoras com o fim exclusivo de manter a propriedade particular, isto é, a posse das riquezas, e regular a sua transmissão.
- Que é o soldado?
- É um trabalhador inconsciente que se sujeita aos possuidores da terra para manter essa posse a troco de um miserável pagamento.
- Como se sujeita ele?
- Sujeita-se pela disciplina.
- Que é a disciplina?
- É a escravização da vontade do soldado ao seu superior. O soldado obedece ao que lhe mandem sem saber como nem porquê.
- Qual é o ofício do soldado?
- Matar.
- Mas a lei não proíbe matar?
- Proíbe, mas se o soldado matar um trabalhador que protesta contra o governo, a lei declara que o soldado é um virtuoso.
- O papel do soldado é digno?
- Não. É o mais vil possível.
- E como há trabalhadores que se fazem soldados?
- São iludidos pelos governantes e arrastados pela miséria.
- Como conseguem iludi-los?
- Com fardamentos vistosos e insuflados neles o preconceito do amor à pátria?
- É um sentimento mesquinho que leva o indivíduo a supor que os que nasceram no seu território são superiores aos outros homens.
- Esse sentimento leva a más conseqüências?
- É o elemento principal que arrasta as massas humanas à "Guerra".
- Que é a guerra?
- É um processo de dominação pela morte.
- Como se explica?
- A história universal mostra que os "grandes" de uma nação armavam soldados, adestravam-nos e subjugavam pela força aos homens de outras terras, ou para escravizá-los, ou para se apossarem da lavoura, suas minas, de suas riquezas até mesmo de suas mulheres. Os diretores dessas guerras, um Cambyses, um Alexandre Magno, um César, um Napoleão. Eram simples bandidos que procuravam justificar as suas invasões com pretextos fúteis de "honra, vingança, amor à Pátria". Hoje as guerras são a mesma coisa, luta por causa de colônias, de comércio, de capitais comprometidos.
- Quem faz a guerra?
- São os capitalistas, por intermédio dos diplomatas e pelos canhões movidos por soldados.
- Que fazem os soldados da polícia?
- Mantém a chamada ordem ou "anarquia", isto é, o regime de autoridade pelo qual os inferiores se subordinam aos superiores. Desde que alguns trabalhadores procuram levantar-se contra os seus exploradores a polícia intervém para "manter a ordem" isto é obrigar os trabalhadores a se submeteram à exploração.
- Como reformar isso?
- Extinguindo a propriedade particular e tornando a posse da Terra coletiva.
- Quem fará essa reforma?
- Os dirigentes capitalistas não o farão porque isso seria contrário aos seus interesses; logo essa reforma só pode ser feita pelos trabalhadores.
- Como se chamará o regime da propriedade coletiva?
- Chamar-se-á Anarquia.
- Que significa esse nome?
- Significa "não comando", isto é, exclusão dos superiores e portanto "igualdade, não autoridade".
- A anarquia exige ordem?
- É o único meio de obter a verdadeira ordem, que hoje é mantida apenas pela compreensão. Basta que por um dia se suprimam a polícia e o exército para que a "desordem" atual se manifeste em desmando de toda a espécie.

(Site aversão ao Estado)